Vancouver, Canadá: dicas do que você não pode deixar de fazer lá + dica de hospedagem BBB
Vancouver é uma das cidades mais lindas que já visitei na vida. Tem montanha, tem praia, tem neve, tem construções históricas, tem prédios modernos, tem arte na rua, tem parques incríveis… Eu já era apaixonada por Vancouver muito antes de conhecê-la. Assistia ao reality de reforma e decoração de casas “Ame-a ou deixe-a Vancouver” (Love it or List it Vancouver, que ainda passa hoje no Discovery Home and Health) e babava com as cenas que apareciam da cidade. Volta e meia, Vancouver figura na lista das melhores para se viver e, quando a gente chega lá entende o motivo. A cidade é fenomenalmente linda e deliciosa!
Nesse post vou dar dicas do que fazer e onde se hospedar em Vancouver.
Esse post dá continuidade a uma sequência de publicações sobre o nosso roteiro pelo Canadá e Estados Unidos.
No 15º dia da nossa viagem, acordamos no motorhome depois de pernoitar em frente ao Walmart de Delta, que fica em frente ao Tsawwassen Mills. Fizemos free camping ali porque precisávamos devolver o motorhome no dia seguinte na Cruise Canada, que também fica em Delta, cidade da Região Metropolitana de Vancouver.
Acordamos no estacionamento do Walmart, tomamos nosso último café da manhã no motorhome e fizemos as malas e uma faxina geral na nossa casa-carro para poder devolvê-la. Depois de entregar o motorhome, pegamos um táxi na Cruise America e seguimos para fazer check-in no YWCA Vancouver Downtown, onde ficaríamos hospedados pelos próximos quatro dias.
Hospedagem
Se hospedar em Vancouver não é barato. Dependendo da época do ano (e do valor do dólar), as diárias podem girar em torno de mil reais). Depois de pesquisar bastante, achamos que o YWCA Vancouver Downtown seria uma boa opção. Bem localizado, bem avaliado, com preços bem mais acessíveis que os demais hotéis da região. Se gostar da ideia de ficar nele, é bom fazer a reserva com alguma antecedência, pois ele costuma lotar rápido.
Escolhemos o quarto com duas camas de casal e banheiro privativo. O quarto e o banheiro são relativamente pequenos, mas depois de passar mais de 10 dias espremidos em um motorhome, vou dizer que tive a sensação de estar hospedada em um cinco estrelas. Da janela do quarto conseguíamos ver o BC Place, estádio de futebol que fica do outro lado da rua.
O hotel fica perto de tudo. Comércio de Downtown, restaurantes, região histórica da cidade, pontos do ônibus hop on hop off, orla de Vancouver… Íamos caminhando para quase todos os lugares. Para os lugares mais afastados (como a Capilano Bridge e a Grouse Mountain), há transporte gratuito partindo de Canada Place, que fica a 20 minutinhos de caminhada do hotel. Por esse motivo, decidimos não alugar carro nessa segunda etapa da viagem em Vancouver (nesse post, você pode ver que alugamos carro em Vancouver logo no início do nosso roteiro, pois ficaria mais barato que fazer os transfers do aeroporto para o hotel e depois do hotel para o local onde pegaríamos o nosso motorhome).
No comecinho desta mesma viagem, nos hospedamos em outro hotel em Vancouver, o Century Plaza Hotel & Spa, também localizado em Downtown, e sobre o qual falamos nesse post aqui: Vancouver com crianças: chegada à cidade, transporte do aeroporto até Downtown e hospedagem no centro.
O que fazer em Vancouver
Capilano Bridge
O Capilano Suspension Bridge Park é uma das atrações mais populares de Vancouver. A ponte suspensa Capilano, que tem 137 metros de extensão, fica a 70 metros de altura do chão, por onde passa o rio Capilano, e é a atração mais famosa do parque. No entanto, o parque não é só a ponte Capilano (que por si só já é sensacional). Lá tem muitas outras atividades bacanas para fazer. O lugar é repleto de pontes e passarelas que conectam árvores bem altas e dão um clima de aventura ao passeio (Treetops Adventure e Cliffwalk), exposições que contam a história do parque e de Vancouver (Story Center), totens indígenas em referência aos primeiros moradores da região (Kia’Palano), sessões de educação ambiental com aves de rapina (Raptors Ridge), passeios guiados gratuitos e a própria natureza exuberante que circunda o lugar. Na temporada de Natal, o parque se ilumina inteiro e conta com uma programação especial natalina (saiba mais aqui).
A Isabela ficou encantada com o parque e o tempo todo falava que ela era uma aventureira, exploradora, que ia desbravar o mundo.
O passeio leva mais ou menos duas horas e meia e dá para fazê-lo em um turno, deixando a Grouse Mountain, que fica na mesma região da cidade, para fazer no restante do dia (inclusive existem shuttles gratuitos que conectam as duas atrações).
Para chegar até a Capilano Bridge, há um serviço de shuttle gratuito que parte de Downtown Vancouver. Neste link você encontra os horários e locais onde esse serviço é oferecido. Nós pegamos o ônibus no Canada Place e foi muito tranquilo o trajeto até lá.
Como íamos passar esse dia inteiro passeando, levamos o carrinho de bebê, mas lá no Capilano Park não dá para usar o carrinho dentro das atrações. Assim, é necessário deixar o carrinho em um espaço específico antes da ponte Capilano para poder circular à vontade entre as demais pontes e passarelas. Atenção! Por questão de segurança, os bebês devem ser carregados no colo dos pais abaixo do nível do parapeito da ponte e das passarelas.
Drones e self-sticks não são permitidos lá. Muitas atrações do parque infelizmente não possuem acessibilidade para cadeirantes. No caso, a entrada de visitantes que usem cadeira de rodas ou muletas é gratuito.
O parque possui wi-fi grátis, restaurante, café, sorveteria, lanchonete e lojinha de souvenires.
Caso você chova no dia da sua visita, eles distribuem gratuitamente capas de chuva biodegradáveis no Guests Services.
Tour Hop-on Hop-off
Assim como nas grandes cidades turísticas, Vancouver também conta com serviços de city tour no esquema hop-on hop-off. Para quem nunca ouviu falar, esse tipo de tour permite que você embarque e desembarque no ônibus de passeio em qualquer um dos pontos turísticos incluídos no roteiro. Assim, você pode descer do veículo para conhecer o atrativo e reembarcar assim que desejar e no ponto que desejar. Ao longo do passeio, o turista ouve uma gravação ou um guia falando ao vivo sobre a cidade.
No passeio organizado pela Westcoast Sightseeing existem as duas possibilidades, em dois tipos de veículos diferentes. Um dos tipos de veículo é o ônibus com teto retrátil transparente. Em dias de chuva, o topo do ônibus fica fechado com um teto transparente, o que não atrapalha tanto a vista de quem faz o tour. Nos dias ensolarados, o teto do ônibus segue aberto. Nesses veículos, as informações turísticas são gravadas e estão disponíveis nos seguintes idiomas: inglês, francês, espanhol, alemão, coreano, japonês e mandarim. Não esqueça de levar seus fones de ouvido! A outra opção de veículo são trolleys no estilo dos bondinhos de São Francisco, mas adaptados para funcionar sobre rodas. Nos trolleys, as informações turísticas são passadas ao vivo pelo motorista.
Para saber quando o próximo ônibus passará no ponto em que você está aguardando, a empresa disponibiliza um mapa interativo que é atualizado ao vivo. Assim, você pode acompanhar pelo seu celular, sem correr o risco de perder o ônibus ou de ter que esperar demais. No verão, a frequência dos ônibus é a cada 20 minutos. No inverno, os ônibus passam a cada 60 minutos. Os principais destinos turísticos da cidade estão incluídos no roteiro do tour, que você confere neste link.
O Dual Pass dá a opção de fazer a rota dos parques ou a rota da cidade e você pode mesclar as duas rotas de acordo com os seus interesses.
Todos os tours da West Coast Sightseeing requerem uma reserva. Para fazer isso, entre no site https://westcoastsightseeing.com/hop_on/sightseeing_pass/.
Particularmente, estando com duas crianças pequenas, gosto bastante de fazer tours assim, principalmente quando estou em cidades que ainda não conheço tão bem. Esse tipo de passeio permite que tenhamos uma boa ideia geral da cidade e, ao mesmo tempo, é menos cansativo, pois você segue sentado, descansado as pernas da rotina puxada nas viagens.
Nós usamos o ticket que valia por 24 horas e achamos que foi bem bacana. Aproveitamos esse dia para conhecer Granville Island, que é uma opção de passeio que fica um pouco mais afastada de downtown.
O Fly Over Canada é um simulador de voo no estilo do Soarin’ (do Epcot Center de Orlando). Nele, o visitante voa pelo Canadá de ponta a ponta, passando por diversas paisagens icônicas, sentindo o vento, o aroma, a temperatura, a água bater no rosto… A Bela simplesmente pirou de empolgação nessa experiência. Ficou super animada e falou que queria voltar lá todos os dias. Eu achei super emocionante. Teve hora que me deu vontade de chorar mesmo. É um “voo” lindo de morrer. Que país incrível é o Canadá!
A atração fica localizada em Canada Place e é uma ótima opção de programa para os dias chuvosos (aqui vale destacar que Vancouver tem um clima bem parecido com Seattle, ou seja, costuma chover com frequência, o que dá à cidade o apelido de Raincouver).
É preciso ter uma altura mínima para ir na atração. Como o Felipe não tinha a altura, eu e o Gustavo revesamos. Entrei primeiro com a Bela e ele ficou do lado de fora, aguardando com o Felipe. Depois foi a vez de eu e Bela ficarmos com o Felipe, enquanto o papai ia na atração. O voo é relativamente rápido (a experiência completa leva em torno de 25 minutos), então o tempo passa rapidinho para quem fica do lado de fora esperando, até porque no Canada Place tem bastante coisa para fazer.
Achei que valeu super à pena a experiência. A música, as sensações, as imagens incríveis do país… Vimos até a aurora boreal e sobrevoamos as Cataratas do Niágara.
Quem compra ingressos antecipados pela internet, tem descontos: https://www.flyovercanada.com/hours-pricing/ .
Gastown
Podemos dizer que Gastown é uma espécie de centro histórico de Vancouver. É um dos primeiros bairros da cidade, basicamente onde tudo começou por lá. As construções antigas, as calçadas, os postes, tudo confere um charme especial ao passeio no lugar, que é cheinho de restaurantes, cafés de lojas.
Indo até lá, não deixe de conhecer o Steam Clock (relógio a vapor), que é um dos lugares mais visitados na cidade. Esse é um dos últimos relógios a vapor restantes no mundo, então vale a pena conhecer. A cada 15 minutos, o relógio apita e libera vapor, entretendo dezenas de turistas que ficam ali fazendo fotos e filmando. Ele fica na Water Street, altura do número 305.
Nós jantamos em Gastown, no The Old Spaghetti Factory, um restaurante de rede, que serve comida italiana e tem unidades espalhadas pelo Canadá e pelos Estados Unidos. Essa unidade de Vancouver tem um charme especial, com muitas peças de antiguidade espalhadas pelo restaurante. Eles têm um bom atendimento voltado para as crianças, com cardápio infantil, cadeirão e material para colorir.
No finalzinho da Water Street, tem uma Dollarama (a versão canadense da Dollar Tree, só que lá os preços variam de 1 a 4 dólares canadenses). Fica na W Hastings Street, 555. Lá, você pode comprar doces, chocolates, comida, coisas para a casa, brinquedos e bugigangas em geral por preços bem convidativos. Quando fomos, era época de Halloween e eles tinham vários itens com o tema. Inclusive, a Bela escolheu um Beanie Boo morceguinho que nunca vimos para vender no Brasil e custou 4 dólares (no Brasil, os Beanie Boos custavam em média 39 reais). Para ver as comprinhas que fizemos lá, checa a galeria de fotos acima.
Canada Place
O Canada Place foi construído para ser o Pavilhão do Canadá na Expo 86. Hoje, abriga o principal terminal de navios de cruzeiros de Vancouver (é de lá que saem muitos cruzeiros para o Alasca), um centro de exposições e espetáculos, um hotel, o World Trade Center e o Fly Over Canada, sobre o qual já falamos ali em cima.
Uma das coisas mais divertidas para se fazer lá é ficar observando o vai e vem de hidroaviões, que pousam na água, bem ali na frente. Inclusive, para os mais corajosos, há passeios turísticos de hidroaviões que sobrevoam Vancouver, Victoria e região. Saiba mais aqui: https://www.harbourair.com/tours/ .
Grouse Mountain
Como o próprio nome diz, Grouse Mountain é uma montanha que fica na região de North Vancouver. São diversas as opções de passeios e atividades que podem ser praticadas lá. Desde esqui e snowboard, em época de inverno, até tirolesa, shows e apresentações de educação ambiental. As atividades são variadas e dependem da estação do ano. Para entender melhor o que tem disponível na época da sua visita, veja este link: https://www.grousemountain.com/activities-guide .
A aventura já começa na subida até o topo da montanha, que é feita em um bondinho com vista panorâmica para a cidade de Vancouver. Infelizmente, não tivemos muita sorte com o tempo, que fechou bem rápido e pouco pudemos aproveitar lá em cima, pois boa parte das atrações foram canceladas em decorrência do mau tempo, inclusive o show dos lenhadores (Lumberjack show), que eu tanto queria ver. Não tem problema. Já tenho mais uma desculpa para voltar a Vancouver. Com o tempo fechado, só conseguimos almoçar lá (com uma vista incrível da cidade), tomar um chocolate quente, assistir a uma apresentação sobre as corujas da região e depois dar uma volta para conhecer o topo (no meio do fog, a Bela se divertiu muito, dizendo que estava andando no meio das nuvens).
Para chegarmos até lá, usamos o transfer gratuito que leva da Capilano Bridge até a Grouse Mountain. Para voltar para Vancouver, pegamos o shuttle gratuito, que leva até Canada Place, em Downtown.
No mais, como não conseguimos experimentar direito os atrativos, só posso dizer que só ouço falar muito bem de lá, e que eles têm, inclusive, o Certificado de Excelência do TripAdvisor. Ah! E que vejam a previsão do tempo antes de ir até lá, pois não dá para aproveitar muita coisa quando o tempo fecha.
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Agradecemos ao Capilano Suspension Bridge Park, ao Fly Over Canada, à Spokes Bicycle Rentals e ao Westcoast Sightseeing (Grayline) por terem gentilmente cedido os ingressos e as cortesias para que pudéssemos conhecer esses atrativos de Vancouver.
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Nesta aventura, nós ficamos o tempo todo conectados na internet porque usamos o chip Easysim4u, que tem internet ilimitada nos Estados Unidos, Canadá e mais de 140 outros países. O chip é enviado para a sua residência no Brasil antes da viagem e, quando você chega ao destino, basta colocar o chip no celular e começar a usar. Você já sai do aeroporto conectado e usando o Waze e a internet à vontade.
Agradecemos pela gentileza da Easysim4u, parceira da RBBV, por ter nos enviado como cortesia o chip e o plano (USA + Canadá) para que pudéssemos permanecer conectados, compartilhando todos os momentos desta roadtrip com os leitores do nosso blog.
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