San Francisco, CA: roteiro de 5 dias na cidade que vai muito além da Golden Gate Bridge

San Francisco é simplesmente um sonho! Todo mundo que conhece, fala bem da cidade, o que me deixou ainda mais ansiosa para conhecê-la.

Para entrar no clima, durante a fase de planejamento do roteiro, sempre deixava o Scott McKenzie embalar minhas pesquisas: “If you’re going to San Francisco… Be sure to wear some flowers in your hair…”, e ficava emocionada por pensar que em breve estaríamos lá. E não é que a cidade é tudo isso mesmo? Até foi eleita recentemente um dos 25 melhores destinos turísticos do mundo e terceiro melhor dos Estados Unidos (Prêmio Travelers’ Choice, do TripAdvisor).

Ah! Já vou avisando: esse post é um exagero de fotos porque a cidade é um exagero de linda!

Vamos começar com algumas dicas básicas:

(1) O sistema de transporte público da cidade é muito eficiente, quase nenhum hotel tem estacionamento próprio/grátis e os estacionamentos na cidade custam os olhos da cara. Concluindo: você não precisará de carro lá. Deixamos para pegar um carro alugado no nosso último dia na cidade, quando começaríamos a nossa roadtrip pela costa oeste americana. Nos dias em que estivemos em San Francisco, usamos:

  • Táxi (para ir do aeroporto ao hotel com bagagens e criança pequena, mas se preferir, dá para ir de BART, por US$ 8,25 – clique aqui para saber mais). Acredito que o táxi saiu por algo em torno de US$ 38 (já com tip), do aeroporto até o hotel, que ficava na região da Union Square.
  • Ônibus (se achar que vai andar bastante de ônibus, dá para comprar o Visitor Passport, que dá direito a transporte público ilimitado, mas não vale para o BART nem para o cable car).
  • Cable car (US$ 6 dólares por pessoa, por trecho). Adoramos o cable car. A Powell Station, estação de onde eles saem, ficava a poucos passos do nosso hotel, então terminamos usando esse meio de transporte super charmoso algumas vezes para descer até a área turística da baía (Fisherman’s Wharf).
  • Bicicleta (alugamos na Blazing Saddles, mas tem várias outras empresas de aluguel de bicicleta – algumas em downtown e Union Saqure e várias outras no Fisherman’s Wharf).
  • Ferry (para voltar com as bikes de Sausalito a San Francisco).
  • A pé – apesar das ladeiras, caminhamos bastante. Nosso hotel estava super bem localizado e dava para passear pela região da Union Square (Market Street e arredores), Chinatown, tudo a pé… Em um dos dias, o nosso cable car quebrou ainda perto do Fisherman’s Wharf, daí o condutor devolveu o dinheiro dos turistas e descemos ali e voltamos a pé também. É bom subir uma ladeirinha para queimar as calorias da comilança por lá.

(2) Mesmo que o dia esteja bonito e ensolarado, a cidade pode ficar bem fria, então esteja sempre equipado com bons agasalhos. Compramos lá mesmo, na Uniqlo, pertinho do nosso hotel, casacos que são super bacanas para famílias que viajam muito. As parcas da linha Ultra Light Down são super leves, compactas e podem ser guardadas em uma bolsinha que não ocupa muito espaço na mochila. Compramos para a família inteira e elas cumpriram super bem o papel de nos manter quentinhos durante toda a viagem. Vale a pena aproveitar para comprar lá, pois a Uniqlo é uma marca japonesa que ainda tem poucas lojas nos Estados Unidos e San Francisco é uma das poucas cidades que tem. Além de tudo, as jaquetas são impermeáveis e fáceis de limpar. Seu filho se sujou todo no restaurante? Nada que alguns lenços umedecidos não resolvam. Recomendo demais!

Bela no Muir Woods National Monument, com a parca da Uniqlo.
Bela no Muir Woods National Monument, com a parca da Uniqlo.

(3) Se deixe levar pelo clima paz e amor e pela atmosfera pró-meio ambiente e sustentabilidade da cidade. Sentimos muito disso na Califórnia, mas principalmente em San Francisco. Muita gente andando de bicicleta, usando transporte público (na frente dos ônibus tem suporte para as bikes!), se importando com reciclagem e uso de materiais mais sustentáveis, opções de alimentos orgânicos em todos os lugares, gente vivendo a vida com uma pegada mais leve… The Mamas and the Papas tinham razão: “For those who come to San Francisco / Summertime will be a love-in there / In the streets of San Francisco / Gentle people with flowers in their hair”.

Golden Gate Park
Golden Gate Park

(4) Na minha opinião, os melhores lugares para se hospedar com crianças seriam: a região da Union Square e a região do Fisherman’s Wharf. Escolhemos a Union Square e logo mais, nesse post, explico os motivos

(5) San Francisco merece alguns dias no seu roteiro californiano. Se separar uns 3 dias, vai ter que correr um pouco para fazer o básico. 4 dias, já melhora. Se tiver 5 dias, ideal! Pode reservar, sem medo de ser feliz. A cidade é uma delícia e você vai querer ficar ainda mais. Ah! E se tiver mais tempo que isso para ficar na cidade, que sorte a sua! Eu moraria fácil naquele lugar. Destaquei isso aqui porque muita gente separa vários dias para Los Angeles e deixa San Francisco às margens e, embora eu tenha gostado bastante de LA, acho que San Francisco é ainda mais bacana.

(6) Como já falamos em outro post, o nosso estilo de viagem tem uma pegada mais leve, principalmente agora que a Bela chegou para completar o nosso time. Não sentimos necessidade de “ver tudo” eu poucos dias. Às vezes preferimos tirar um tempo para relaxar, voltar um pouco mais cedo para o hotel e recuperar as forças para o dia seguinte, tirar uma tarde inteira para só brincar com a Bela em algum lugar agradável… Sendo assim, você perceberá que o nosso roteiro raramente é preenchido com atividades programadas manhã, tarde e noite. Na nossa opinião, às vezes essa “obrigação” de passar por todos os pontos turísticos da cidade faz com que se aproveite menos cada momento, seja por causa do cansaço ou da pressa para sair logo de um ponto e ir para outro. É claro que temos que aproveitar a oportunidade da viagem para conhecer o máximo que pudermos, afinal, não sabemos quando retornaremos àquele lugar, mas muitas vezes cortamos alguns programas para investir em tempo de qualidade em família.

Golden Gate Park
Golden Gate Park

Dia 1

Nosso hotel

Fechamos pelo Hotwire (já falamos sobre esse site aqui) a reserva no Hotel Fusion, pertinho da Union Square e da Powell Station, ponto de onde sai o cable car rumo ao Fisherman’s Wharf. Além disso, a poucos passos do hotel, na Market Street, há pontos de ônibus com linhas que cobrem praticamente todos os principais pontos de interesse da cidade. A estação do BART também fica ali pertinho.

É uma área bem comercial, com todas as lojas que amamos por perto. Já no primeiro dia, resolvemos um monte de coisa por ali mesmo e a pé. Walgreens, Uniqlo, Gamestop, Ross, Forever 21 e mais uma enxurrada de lojas (todas aquelas que estamos acostumados a ver nas cidades grandes americanas), bem pertinho do hotel. Resolvemos o chip americano para o celular, compramos os casacos apropriados para famílias viajantes, os passes de ônibus, o bendito PS4 que estava em falta no mundo inteiro + acessórios e jogos, a mala nova (já que, como falei nesse post, a nossa velha companheira de viagens foi abandonada em San Francisco), fizemos aquela “feira” na Walgreens… Alegres como criança em loja de doce…

Os funcionários do hotel eram simpáticos e atenciosos. Receberam todas as encomendas das compras antecipadas que fizemos pela internet. Tudo direitinho, sem problema. Obaaa!!!

O quarto era bem pequeno e ficamos apertadinhos com a Bela dividindo a cama de casal com a gente. Mas, nesse caso, a culpa foi nossa, pois a pesquisa que fizemos no Hotwire foi para um quarto para duas pessoas, já que nos Estados Unidos, na maior parte das vezes, criança da idade da Bela não paga. Simulamos a pesquisa incluindo a Bela e muitos hotéis mais baratos não apareciam, então adotamos a prática de pesquisar para um casal e tentar a sorte na hora do check-in para ver se nos colocavam em quarto maior, com duas camas ou pedíamos o berço. Deu certo em todos os outros lugares que ficamos, menos em San Francisco, pois o hotel estava lotado e não tinham um quarto maior disponível. Já estamos acostumados a vez ou outra dividir a cama com a Bela, então, nada que atrapalhe a viagem.

O café da manhã era grátis e servido em um quarto que eles adaptaram e transformaram em copa. O espaço era bem pequeno, sem mesas para sentar. Eram servidas algumas frutas, pães, bagels, bolinhos, geleias, cream cheese, sucos e café. Nada de outro mundo, mas dava para passar. O esquema é pegar tudo o que quiser comer e beber, colocar uma bandeja e fazer a refeição no seu quarto. Como não tinha mesa no quarto, todos os dias fazíamos um piquenique sentados no chão mesmo.

No nosso primeiro dia em San Francisco, fora as comprinhas que fizemos e que precisavam ser feitas no primeiro dia de viagem, passeamos pela região da Market Street e Union Square e comemos no restaurante indiano Little Delhi, na Eddy Street. Preço bom, comida deliciosa, bom atendimento e mango lassi de primeira. A Bela aprovou!

Restaurante indiano, pertinho da Union Square
Restaurante indiano, pertinho da Union Square

Dia 2

Cable car, Lombard Street, Fisherman’s Wharf e Pier 39

Seguindo as sugestões da Maryanne, do Hotel California Blog, pegamos o cable car na Powell Station e seguimos rumo ao Fisherman’s Wharf. Descemos um pouco antes de chegar lá, quando o condutor anunciou: “Lombard Street!”. Do ponto de descida até a parte “sensação” da Lombard Street, é uma subida puxada.

A Lombard Street deve ser uma das ruas mais charmosas e famosas do mundo. É super íngreme e repleta de jardins bem cuidados. Os carros descem em ziguezague, devagarzinho, e os turistas ficam ali, observando aquele movimento. Muito bacana e vale a pena ir até lá.

Da Lombard Street, descemos até o Fisherman’s Wharf caminhando. Haja ladeira! Mas para descer, todo santo ajuda, né? Aos poucos, percorrendo aquelas ruas que parecem ter saído do filme “Uma babá quase perfeita”, começam a surgir outros cenários familiares. “Olha, amor, Alcatraz!”, “A Golden Gate Bridge! Acho que vou chorar…”. E seguimos descendo, fotografando e curtindo cada momento daquela experiência.

O Fisherman’s Wharf é uma área bem turisticona. Restaurantes, lojas de souvenir, píeres, muito turista passando para todos os lados, pedestres, bicicletas, gaivotas… É lindo. A paisagem da baía de San Francisco é fantástica.

Almoçamos na Boudin Bakery, que tem mesas indoor e outdoor e um bistrô mais chique no andar de cima. Ficamos na parte de baixo mesmo. Meu marido foi para a fila fazer os pedidos e eu e a Bela fomos procurar uma mesa. Falam que nem sempre é fácil encontrar uma, mas achamos rapidinho.

Comemos Clam Chowder servida no pão Sourdough (super clássico, tem que provar de qualquer forma!), Rustic Tomato Soup, também servida no pão e um Shrimp Salad Sandwich. Tudo muito saboroso. Ao nosso redor, por trás das paredes de vidro, observamos o funcionamento da padaria, o pessoal preparando pães em formatos de animais, o vai e vem de pães, tudo um espetáculo à parte. As crianças adoram!

De lá, vale continuar a caminhada até o Pier 39, onde o show fica por conta dos leões marinhos, que lotam as plataformas e encantam adultos e crianças.

Há quem continue a caminhada (ou pegue algum meio de transporte) até o Pier 1, onde fica o Ferry Building, mas como começou a chover e passaríamos por lá de bike no dia seguinte, encerramos ali o passeio e voltamos para a região do hotel, onde passeamos pela Macy’s e outros shoppings cobertos. Fizemos um lanche lá por perto e voltamos para descansar no hotel.

Dia 3

Cruzando a Golden gate Bridge de bike, Sausalito e baía de San Francisco

O nosso terceiro dia em San Francisco amanheceu lindo. Obaaa!!! Perfeito para cruzar a Golden Gate Bridge de bicicleta e ir até Sausalito. Pegamos mais uma vez o cable car (estávamos apaixonados por ele) e fomos até o Fisherman’s Wharf. De lá, fomos até a Blazing Saddles alugar as bikes. Usamos esse cupom aqui e tivemos 20% de desconto.

Lá, recebemos as bikes, uma cadeirinha para a Bela, capacetes para os três, mapas e instruções sobre o caminho e algumas dicas. Tudo muito rápido. O cara falava sem parar. Um texto decorado, sem muita emoção. Ficamos um pouco confusos, mas, como ele não era muito simpático, decidimos não fazer muitas perguntas, afinal, não devia ter muito como errar. E não tinha mesmo. É só usar o mapa e seguir a sinalização no caminho. No mais, tem um monte de gente fazendo o mesmo trajeto. Na dúvida sobre alguma curva, siga a massa. O cara da locadora também nos deu duas passagens de volta para o ferryboat que faz o trajeto Sausalito – San Francisco e falou que a gente pode usá-los para voltar de ferry ou devolvê-los na loja, caso decidíssemos voltar de bike. Os bilhetes só seriam cobrados se fossem usados.

A bicicleta tem uma bolsinha na frente para guardar os pertences e corrente para prendê-la quando for passear a pé pela cidade.

Apesar de gostarmos muito de pedalar, não somos atletas. Temos o preparo físico de uma pessoa normal. Achamos o trajeto relativamente tranquilo, com uma subida mais cansativa na ida e uma ladeirona que deve ser descida com cuidado um pouco antes da entrada de Sausalito. Desde que se tome o cuidado normal que se toma quando se está pedalando com uma criança, dá para fazer o trajeto tranquilamente. A cadeirinha da bike que pegamos era bem confortável e a Bela até dormiu durante uma parte do trajeto.

Não tenho palavras para descrever a sensação de cruzar de bicicleta aquela ponte, ícone do turismo, cenário de tantos filmes que amamos. Foi bem emocionante e um dos pontos altos da nossa viagem. E o prêmio pelo seu esforço físico está lá do outro lado da baía: a linda e charmosa Sausalito. A cidadezinha é repleta de casinhas bonitas, restaurantes, cafés, galerias, lojinhas de coisas fofas e descoladas.

Comemos no Scoma’s, um restaurante que fica praticamente dentro d’água. Comida deliciosa, atendimento impecável. Giz de cera, cadeirão e trocador para as crianças. Também deram atendimento prioritário pra gente na espera pela mesa e rapidinho nos passaram do bar para uma mesa em um cantinho aconchegante da casa. Não era barato, mas, comparando com o que a gente está acostumado a pagar aqui em São Paulo, também não é caro. Pagamos um preço justo para comer lagosta, caranguejo e outras delícias.

De lá, fomos para a fila do ferry. Muita gente com bikes, mas embarcamos rapidamente. Dentro do ferry, uns funcionários ficam organizando o “estacionamento” das bikes. Eles ficam gritando enlouquecidamente com as pessoas, mas não é nada pessoal. É para agilizar o serviço mesmo. Deixamos as bikes embaixo e somos obrigados a subir para seguir a viagem.

Lá em cima, mais uma vez a vista linda da baía, da ponte, de Alcatraz e de San Francisco, dessa vez, de dentro do mar. Um pouco antes do desembarque, todo mundo tem que descer as escadas, fila por fila e ficar de pé ao lado da sua respectiva bike. Mais uma vez, ao som dos gritos dos funcionários, obedecemos as ordens e saímos disciplinados do ferry. É nessa hora, já em San Francisco, que precisamos entregar a passagem para funcionária que fica na saída.

Pronto. Estamos de volta, já em San Francisco, no Ferry Building. Agora é hora de voltar alguns quilômetros pedalando para devolver as bikes no Fisherman’s Wharf.

Dia 4

Chinatown, The Haight e Golden Gate Park

Dia de Chinatown! E a Chinatown de San Francisco é a maior fora da Ásia. Quando vimos onde ela estava localizada no mapa, percebemos que não fazia sentido nenhum ir até lá sem ser caminhando. É que o portão principal de entrada nela ficava a poucas quadras do nosso hotel.

Para guiar o nosso passeio por lá, usamos um roteiro sugerido no nosso guia Fodor’s (estávamos como ele e o Lonely Planet). Na rota sugerida havia um mapinha e explicações sobre cada ponto de interesse. O guia orientava sobre umas ruelas e uns detalhes que teriam passado despercebidos se não estivéssemos com o livro. Uma vez dentro de Chinatown, a sensação que se tem é que se está em outro país. As pessoas, o idioma falado por elas, o alfabeto… A atmosfera é bem diferente e vale a visita.

Pra gente, uma manhã lá foi suficiente, encerrando com um almoço no estilo “festival” de comida chinesa. Vários pratinhos eram servidos na mesa, finalizando com um delicioso sorvete de chá verde. A Bela amou! Tomou o dela e ainda partiu para os nossos.

De lá, partimos de ônibus para o Golden Gate Park, passando pelo bairro “hippie”, ícone da contracultura, Haight Ashbury (The Haight). Observamos o colorido das lojas, a atmosfera “flowers in your hair”, as lojinhas… No final do bairro, está o Golden Gate Park. Imenso, colossal, se estende de The Haight até a Ocean Beach.

Vista aérea do Golden Gate Park, que é 20% maior que o Central Park de Nova York. Foto: Hispalois, http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en
Vista aérea do Golden Gate Park, que é 20% maior que o Central Park de Nova York. Foto: Hispalois, http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en

O Golden Gate Park é maravilhoso. Embora visto do alto ele lembre bastante o Central Park, de Nova York, com seu formato retangular em meio à cidade, o Golden Gate é 20% maior. Atrações por lá não faltam. É lá que ficam a California Academy of Sciences e o de Young Museum. Tem alguns playgrounds bacanérrimos, um deles até com um Carrossel, Jardim Botânico (San Francisco Botanical Garden), estufa (Conservatory of Flowers), área para eventos e shows, jardim japonês (Japanese Tea Garden), campos de golf, lago, cachoeira, trilhas, entre muitos outros atrativos.

Como o parque é muito grande, o ideal é, antes de ir, tentar se familiarizar um pouco com o mapa de lá e escolher os atrativos prioritários para a sua visita. Como estávamos com a Bela, que na época tinha pouco menos de dois anos, demos prioridade aos playgrounds, lago, campos floridos, curtindo bastante o dia com ela.

Dica 1: no “topo do parque”, que fica voltado para o bairro The Haight, tem um Whole Foods Market, onde você pode comprar um monte de comida saudável e orgânica para fazer um piquenique no parque. O ônibus que vem da região da Union Square para o parque tem uma parada na calçada do mercado. Você pode descer nesse ponto, fazer as comprinhas e ir curtir o dia no parque. Já falamos antes sobre a rede Whole Foods Market aqui nesse post: https://pezinhonaestrada.com/2014/08/16/nova-york-com-bebe-de-um-ano-parte-6-onde-comer-o-que-comer-e-dicas-especiais-sobre-comidinhas-para-bebes-nos-eua/

O Whole Foods Market fica onde está a gotinha vermelha e a grande área verde é um pedacinho do Golden Gate Park. Foto: Print do Google Maps
O Whole Foods Market fica onde está a gotinha vermelha e a grande área verde é um pedacinho do Golden Gate Park. Foto: Print do Google Maps

Dica 2: se pretende ir ao carrossel, não deixe para ir no fim da tarde, pois fecha cedo. Nós fomos brincar um pouco no playground que fica bem ao lado e, quando voltamos para o carrossel, estava fechado. Que tristeza…

Dica 3: Infelizmente essa dica nós só descobrimos depois que voltamos para o Brasil, no site do próprio parque. Para ser mais específica, quando estava preparando esse post. O parque oferece um serviço grátis de transporte, o “Free Golden Gate Park Shuttle”. Como o parque é imeeeenso, deve valer a pena pegar o ônibus, pois ele faz paradas em vários pontos estratégicos do parque (clique aqui para saber onde são as paradas). No nosso dia lá, percorremos vários trechos do parque a pé mesmo. Tudo fica bem distante, o que torna o passeio um pouco cansativo se não pegar o ônibus.

Dia 5

Muir Woods National Monument

No nosso ultimo dia em San Francisco fomos buscar o carro que havíamos reservado na Hertz, que ficava na mesma rua do hotel onde estávamos hospedados. Fiz o relato sobre a escolha do carro e da locadora aqui.

Já com o carro, passamos no hotel, fizemos o check-out e guardamos toda a bagagem no porta-malas.

Então, colocamos no GPS o endereço do Muir Woods National Monument. Já tínhamos visto previamente que a rota do hotel à unidade de conservação passava pela Golden Gate Bridge, então, pela segunda vez, cruzaríamos a ponte, mas agora dirigindo. Que maravilha cruzar essa ponte mais uma vez!

Cruzando a Golden Gate Bridge de carro
Cruzando a Golden Gate Bridge de carro

Chegando à Muir Woods (chamaremos de parque, ok?), há vários bolsões de estacionamento. Se chegar um pouco tarde, terá que parar o carro bem longe e voltar andando até a entrada do parque. Não tiramos o carrinho do carro e seguimos com a Bela caminhando, mas, pelo que vimos depois, daria para ter levado o carrinho tranquilamente, pois a trilha principal do parque é completamente adaptada e tem o piso lisinho de madeira. No final do percurso, a Bela estava cansadinha e ficou pedindo colo. Um carrinho, naquela hora, teria sido uma maravilha. Então fica a dica: se decidir levar o carrinho, pare o carro ao lado da entrada, uma parte do pessoal desce com o carrinho e alguém vai estacionar em um dos bolsões, pois, o caminho entre os bolsões e o estacionamento seria o trecho mais difícil para circular com o carrinho.

O Muir Woods National Monument faz parte do National Park Service e é uma unidade de conservação onde predomina o ecossistema formado pelas old growth Coast Redwood  (Sequoia sempervirens), uma espécie de prima da sequoia, que é geralmente um pouco mais estreita e mais alta. Para quem assistiu ao filme “O Planeta dos Macacos: A Origem”, é exatamente a floresta onde o James Franco levava o macaco para passear.

As árvores são imensas, a paisagem é linda e organização do parque é bem de primeiro mundo. A entrada custa 7 dólares por pessoa e crianças abaixo de 15 anos não pagam. Logo na entrada, você receberá um mapa com as orientações para as trilhas. Fizemos a trilha principal até o final e ficamos deslumbrados com a experiência. É o tipo de programa que curtimos muito fazer! Almoçamos no próprio parque, que tem uma infra ótima, inclusive para famílias com crianças pequenas.

De lá, pegamos a estrada e seguimos rumo a Monterey, pela California 1 (também conhecida como Highway 1/Pacific Highway). Como já estava tarde e estávamos cansados, não paramos na Santa Cruz Beach Boarwalk, que fica em Santa Cruz,  no meio do caminho entre San Francisco e Monterey. Falam que é super bacana. No dia em que estávamos fechando esse post, por exemplo, a atração tinha 4 estrelinhas no TripAdvisor.

A caminho de Monterey
A caminho de Monterey

Chegando a Monterey, fizemos o check-in na Pacific Inn Monterey e jantamos na Cannery Row, mas isso já é assunto para o próximo post.

 

Esse post faz parte de um roteiro maior, de 15 dias, pela costa oeste americana. Para ver o relato completo da viagem, clique aqui.