Viajando com bebê
As pessoas sempre me perguntam como é viajar de avião com bebê. Para mim, sempre foi muito tranquilo. A Bela já está bem acostumada e nunca tive problemas. Viajei muitas vezes com ela e o meu marido e também muitas vezes sozinha com ela. Como a nossa família mora longe, viajamos bastante para visitá-los e, infelizmente, nem sempre o maridão consegue folga do trabalho para viajar junto.
A primeira vez que a Bela entrou em um avião foi com três meses. Moramos em São Paulo e era o casamento da minha irmã em João Pessoa. Fizemos o trecho São Paulo – João Pessoa pela Tam, voo direto. Foi sossegado. A Bela dormiu o caminho inteiro.
Nessa primeira viagem, ela foi em um desses bercinhos que as companhias disponibilizam na aeronave. É uma opção super bacana e deixa os pais com os braços livres e mais à vontade para descansar durante o trajeto. Para solicitar o berço, quando fizer o check-in, peça para ficar na primeira fila da aeronave, pois só tem lugar para encaixá-lo nessa fila. Algumas companhias permitem que você reserve o berço no ato do check-in, outras orientam o passageiro a solicitar à comissária de bordo. Peça o berço assim que entrar no avião, pois geralmente só há um disponível. Você vai decolar com o bebê no colo e, assim que acabar a decolagem e apagarem as luzes dos cintos, o comissário trará o berço. Na subida, descida e em caso de turbulência é necessário retirar o bebê do berço. Sugiro forrar o bercinho antes de deitar o bebê ali.
Outra forma de levar a criança é em um bebê conforto que seja certificado para uso em avião, se tiver um assento livre ao seu lado. Como crianças só pagam passagem a partir dos 2 anos, elas só têm direito a um assento a partir daquela idade. A dica é perguntar, na hora do check-in, se o voo está lotado e se há a possibilidade de você viajar ao lado de um assento livre. O bebê conforto certificado tem uma alcinha por onde passa o cinto de segurança da aeronave. Seu filho vai viajar com conforto e segurança.
Não tendo nenhuma das duas opções acima disponíveis, o jeito é levar o bebê no colo mesmo. Se o voo for internacional, a comissária entregará um cinto para que você prenda na criança e conecte o cinto dela ao seu. Existe a possibilidade de solicitar esse cinto em alguns voos domésticos também.
A partir de 2 anos, a criança fica mais ativa, mas também passa a viajar em um assento próprio. Providenciando alguma coisinha para ela se ocupar, o voo também pode ser tranquilo. Se o avião tiver aqueles sistemas de entretenimento a bordo, ótimo. Caso contrário, sempre dá para levar giz de cera, material para colorir, livros, brinquedo favorito (desde que não seja barulhento e não incomode os demais passageiros), dvd player portátil, tablet ou os pais podem contar historinha. Uma dica legal: leve fones de ouvido apropriados para criança, pois muitas vezes os que eles distribuem na aeronave não cabem, ficam folgados ou são aqueles de colocar dentro do ouvido, que incomodam até a gente. Mas não se preocupem. No geral, o barulhinho, a pressão, o tempo de viagem, tudo favorece para que os pequenos durmam. Normalmente, a Bela segue dormindo 90% do tempo. Nos outros 10%, a gente tenta distraí-la. E nós, pais, sabemos como acalmar e distrair os nossos pequenos melhor que ninguém, não é?
Quanto mais novinho o bebê, mais tranquila é a viagem. Depois que eles crescem, ficam mais espertinhos, começam a “dar mais trabalho”, mas nada que, com criatividade e paciência, você não possa contornar.
No avião sempre há toaletes com trocadores. Trocar um bebê naquele espaço minúsculo exige habilidade e equilíbrio, mas garanto que todo mundo tira de letra. Se precisar de ajuda, basta solicitar a algum comissário. Se estiver viajando sozinha(o) e precisar usar o toalete, peça que algum comissário fique com o seu bebê enquanto você vai.
As pessoas sempre são muito simpáticas e solícitas quando me veem sozinha com um bebê. Sempre ajudam com a bagagem de mão e com a bagagem na esteira, apanham a chupeta quando cai no chão, se oferecem para lavar… Além disso, logo pegamos a prática para empurrar um carrinho de bebê e um carrinho com as malas de uma só vez. Algumas pessoas preferem o sling. Nessas situações em que estou sozinha e, principalmente agora, com a Bela mais pesada, prefiro o carrinho, pois tenho hérnia de disco na lombar (herança da gestação).
E o carrinho?
Todo mundo que viaja com criança de colo tem o direito de levar um carrinho, fora da franquia da bagagem. Você pode seguir com o carrinho até a porta da aeronave e entregá-lo ali a um funcionário da empresa ou despachar junto com a bagagem no ato do check-in.
Eu prefiro ficar com o carrinho até a porta da aeronave. Sempre peço que coloquem a etiqueta no momento do check-in e peço um saco plástico para que eu possa embalar o carrinho antes de entregá-lo para que siga até o porão. Aviso aos comissários que entreguei o carrinho e pergunto se existe a possibilidade de recebê-lo de volta também na porta da aeronave. Na maioria dos aeroportos isso é possível. Só aqui em São Paulo que é mais difícil e eles mandam o carrinho junto com a bagagem para a esteira.
Uma vez “perderam” o carrinho da Bela em Guarulhos. Simplesmente esqueceram ele lá no finger. Fiz a reclamação, preenchi o formulário, expliquei direitinho como ele era, dei o endereço do meu destino e no dia seguinte ele chegou inteirinho à casa da minha mãe, em João Pessoa. Dica importante: você não pode sair da sala de desembarque para reclamar lá fora do extravio de uma bagagem. Você tem que abrir o processo lá dentro.
Quanto à bagagem, com exceção do carrinho, crianças de colo que não estiverem pagando passagem não têm direito a franquia de bagagem despachada, mas têm direito a um volume de bagagem de mão.
A partir de que idade um bebê pode viajar? É importante perguntar isso ao pediatra do seu filho. Algumas pessoas falam que é importante que o bebê já tenha tomado pelo menos as primeiras vacinas, que são as mais importantes, já que o bebê ficará em um espaço fechado, por muito tempo, junto com outras pessoas. A pediatra da Bela falou que com três meses já era tranquilo, passou remédio para enjoo e dor de ouvido (caso ela tivesse) e nunca precisei usar nenhum dos dois.
Na subida e na descida é fundamental que você coloque o bebê para sugar (peito, chupeta mamadeira, o que a mãe preferir). Isso ajuda a aliviar a pressão no ouvido. Se você amamenta e tem vergonha de amamentar em público, indico essa capinha, que dá um pouco mais de privacidade para você e para o seu bebê, mas ainda assim permite que mãe e filho mantenham o contato visual:
No próximo post falaremos sobre os documentos que precisam ser providenciados para viajar com crianças.
Anna vc comprou essa capinha pra amamentar aonde?
Toda vez que viajo passo sempre muito mal…a pressão no ouvido é tanta que começo a suar frio..É uma dor fortíssima. .fico sem ouvir nada por uns 30 minutos e fico imaginando…se isso acontecer com um bb. .Não há chiclete no mundo q resolva..
Comprei nessa loja, Leila: http://babymoment.loja-segura.com/
Você pode conversar com um otorrino para ele te passar algum remédio para aliviar a pressão e a dor. O chiclete não funciona muito. O que eu faço é apertar o nariz com os dedos (fechar mesmo) e faço força como se fosse assoar o nariz. Destapa legal. Já a Bela, nunca se queixou do ouvido. Tem que colocar no peito na subida e na descida.
Adorei o blog. E essas dicas de como viajar com bebês foram ótimas!!! Me ajudou muito, pois em breve terei q viajar com o meu q vai nascer. Amei!!!
Que bom que gostou, Priscila! Seja muito bem-vinda! Que seu bebê chegue logo e com muita saúde! Beijão…
Minha otorrino me indicou Dorflex uma hora antes de decolar e de aterrissar. Relaxa a musculatura do maxilar e melhora a dor. Também tomo descongestionante três dias antes da viagem, para desentupir os canais da face. Uso o Decongex.
Amei as dicas, estarei indo com meu pequeno de 5 meses de Orlando para SP sozinha.
Que legal, Karina! Tenho certeza que você tirou de letra! Um abraço.